Direito de Família na Mídia
Presidente Lula condena preconceito contra homossexuais
06/06/2008 Fonte: Agência BrasilBrasília - Ao abrir a Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (GLBT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o preconceito contra os homossexuais e se solidarizou com o movimento."Quando se trata de preconceito, eu conheço nas minhas entranhas. Talvez seja a doença mais perversa impregnada na cabeça de um ser humano", disse Lula.
Lula também defendeu o direito à livre orientação sexual das pessoas. "Ninguém pergunta a opção sexual de vocês quando vão pagar imposto de renda,. Por que, então, discriminar na hora em que vocês livremente escolhem o que querem fazer com o corpo de vocês", completou o presidente, arrancando aplausos da platéia em vários momentos.
Ao falar que já foi vítima de preconceito, Lula citou as críticas que sofreu quando usou boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em um evento. Na conferência de hoje, Lula posou para fotos com boné e bandeira do movimento GLBT.
"Vou colocar todos [bonés], porque somente assim vou quebrar preconceitos", afirmou Lula, acrescentando que não é fácil para nenhum presidente da República participar de eventos "que envolvam um setor tão grande, tão heterogêneo e tão vítima de preconceito". A tal ponto que ele foi questionado várias vezes, por assessores, se participaria ou não do evento.
Na conferência, Lula ouviu de representantes dos GLBT várias reivindicações. Entre elas, a da criação de uma secretaria que represente o movimento e o pedido de apoio ao projeto de lei que criminaliza a homofobia. O presidente afirmou que tentará atender os pedidos, mas não deu garantias.
"No que depender do apoio do Poder Executivo e dos ministros, iremos trabalhar para que o Congresso Nacional aprove o que precisa aprovar neste país", disse Lula."Mas seremos honestos. Aquilo que não puder ser feito, a gente vai dizer: 'Isso aqui não dá, isso aqui não passa'", disse, alertando que o movimento deve buscar a unidade.
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil